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A música conecta

Alaplay 634 | Andrea Gram

Por Elena Beatriz em Alaplay 15.09.2025

Andrea Gram carrega mais de três décadas de trajetória que a consolidam como um dos nomes pioneiros do Techno no Brasil. De ascendência romena e baseada em São Paulo, viveu entre Paris e Londres nos anos 80 e 90, acompanhando de perto a explosão do Acid House antes de retornar ao Brasil em 1992.

Esta experiência, somada à sua vasta coleção de discos, a impulsionou a iniciar sua atuação como uma das primeiras DJs mulheres do nosso país, ajudando a escrever parte essencial da história da música eletrônica nacional. Não à toa, foi citada em livros essenciais para o entendimento dessa cultura, como A Enciclopédia da Música Eletrônica e Todo DJ Já Sambou, além de ter sido homenageada na mostra “60 anos de discotecagem”, promovida pela Secretaria de Cultura de São Paulo.

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Dos lendários tempos do Hell’s Club às pistas da Mamba Negra, Carlos Capslock, Blum, SP na Rua e Virada Cultural, passando até pelo emblemático Xuxa Hits e pela MTV, Andrea se manteve presente em diferentes ciclos da cena, sempre afirmando sua posição como figura de resistência e vanguarda. Hoje, é residente da House of Divas, coletivo e festa que cofundou e que se tornou referência em diversidade e protagonismo feminino. 

Sua identidade musical, refletida em sets e produções autorais, percorre caminhos sombrios e sedutores, entre o Dark House, o Electro e o Techno minimalista, criando atmosferas densas, melancólicas e ao mesmo tempo hipnóticas, tudo pensado para que a pista se torne uma experiência coletiva guiada pela crença de que música é arte e, como tal, deve tocar corpo e pensamento em igual medida.

É essa energia que guia sua seleção no Alaplay 634, em um set construído sobre o eixo da Club Music. Uma demonstração clara de como sua potência criativa segue indispensável para entender a pista brasileira.

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