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A música conecta

Nostalgia: convidamos artistas para girar o disco e falar sobre a cultura do vinil no Brasil

Por Marllon Eduardo Gauche em Editorial 01.07.2020

O mercado fonográfico passou por uma transformação intensa desde os primórdios, mas principalmente durante os últimos 50 anos. A história iniciou-se com o fonógrafo, inventado em 1877, passou para os discos de vinil, que chegou em 1948, fitas cassetes, CDs, mp3 e outros formatos para finalmente chegar no que hoje conhecemos como streaming. Muitos artistas que ainda estão na ativa hoje viveram esses diferentes momentos da indústria e sentiram a necessidade de se adaptar de acordo com as transformações, porém, algo que não muda na maioria deles é o amor e o carinho principalmente por uma mídia específica: o vinil.

+++ A evolução da música contada em 7 cartazes ilustrados

Notícias recentes indicaram que apesar de já terem se passado praticamente 30 anos desde que os vinis começaram a ser substituídos pelos CDs, a venda deles ainda acontece de forma bastante significativa, principalmente devido a grande influência de artistas do Rock e do Pop — inclusive, no ano passado, uma pesquisa feita pela Recording Industry Association of America (RIAA) afirmou que pela primeira vez desde 1985 os vinis ultrapassariam os CDs em números de venda.

Nós resolvemos então trazer novamente esse assunto em pauta de uma maneira especial: convidando alguns entusiastas e ícones da Dance Music brasileira para falar um pouco da indústria e compartilharem sua visão em torno do passado, presente e futuro dos discos de vinil. Anhanguera, DJ Mau Mau, DJ Meme, Grazi Flores, Kaká Franco, Leo Janeiro, Leonardo Ruas e Renato Cohen toparam participar dessa discussão onde falamos sobre lojas brasileiras, mercado pós pandemia e discos na internet como alguns tópicos:

DJ Meme

Você lançou músicas ao lado de grandes lendas e vendeu milhares de discos na carreira. Ainda se lembra quais lojas você mais visitava e comprava na época? Elas ainda existem?

Lembro sim! Na verdade eu comprava muitos discos lá fora, principalmente em Nova York, onde tinham lojas que já eram “cartas marcadas”. Mas falando do Brasil e especificamente do Rio, lembro que existiam três lojas principais: a Billboard, que tinha filiais em Copacabana e Ipanema, e aí coladinha na loja de Copa ficava a Modern Sound, que era um pouco maior que a Billboard. 

Além dessas também tinha a King Karol, nome que fazia referência a uma famosa loja de NY, lá fora fundada por Ben Karol e Phil King, em 1952! Enfim, a versão brazuca da King Karol ficava numa galeria bem pequena, você não dava nada vendo de fora, mas era  especializada em discos para DJs, tinham muitos sons bacanas, no balcão era só uma pessoa que cuidava e lá dentro eram só DJs… visitei bastante ela. 

Ah, teve um locutor da Rádio Cidade que também abriu uma loja no Rio um tempo depois… mas assim, hoje me desapeguei bastante do vinil, meu negócio é com música. Entendo, respeito e admiro quem coleciona e cuida dos discos com cuidado. Com o passar dos anos eu vendi alguns e doei outros, selecionei uns 600 pra mim e guardei.

DJ Mau Mau

Você foi uma estrela que representou a música underground no Brasil por muito  tempo. Como foi viver o período de transição dos discos para os CDs e o streaming? Você teve uma certa relutância com isso ou aceitou de forma mais tranquila? Teve receio em algum momento?

Os toca-discos sempre foram uma paixão e preferência para trabalhar nesses mais de 30 anos. Porém, tanto o mercado quanto a tecnologia avançaram com novidades e facilidades. Me adaptar e mudar não é um problema; sempre fui muito curioso às novidades. Fiz turnês pela Europa circulando com cerca de 100 discos, mais a bagagem e a vontade de levar meu trabalho de cidade em cidade. A primeira transição rolou com o CD, que deu um alívio para as costas, cansadas de carregar peso e sofrendo com dores lombares. 

Depois me arrisquei no Traktor e Ableton, mas acabei usando apenas para apresentações no formato Live com minhas produções musicais e não durou muito tempo, pois tive alguns problemas técnicos nas primeiras apresentações, além do inconveniente em montar o equipamento durante as festas. Somente depois que a Pioneer lançou o CDJ 2000 me senti realmente empolgado para trabalhar com formato diferente ao vinil, sem contar a praticidade do uso de pen drive. 

Nesse processo de mudanças tecnológicas tento me manter informado e atualizado, atualmente estou usando novas plataformas para transmissão de live, como o OBS e Twitch. Em meio a tantas possibilidades para exercer a profissão hoje em dia, continuo achando que o mais importante sempre será a música e a performance do DJ, independente do equipamento utilizado.

Anhanguera

Hoje era digital a galera mais nova não tem mais contato com uma parte importante da cultura do vinil: os encartes. Vocês sentem falta desse tipo de arte? Do “pegar na mão”? Quais obras vocês destacariam e são as preferidas do Anhanguera nesse sentido?

Eu tenho um livro só de capa de discos e de singles [risos]. Quando veio o CD a arte já diminuiu de tamanho e isso com o digital ficou totalmente em segundo plano. Para muitos designers fazer uma capa de disco era o ápice da carreira, a peça mais cobiçada do portfólio. 

Na cultura Pop existem capas clássicas como Sgt. Peppers dos Beatles e Secos e Molhados. A fotografia ali era a principal linguagem, já no eletrônico o design gráfico e as tipografias ganham destaque. Vale destacar a capa do single Tainted Love do Soft Cell que começa a transição para uma linguagem mais gráfica porém ainda figurativa. Da mesma época tem People Hold On da Lisa Stanfield, que também é uma obra prima. 

Nos anos 90 dá para citar Eu Quero um Xodó do Bob Sinclair e Salomé de Bahia, Get Get Down do Paul Johnson, Sex Bomb do Tom Jones & Mousse T. e do Cassius Feeling for You. Acho que nessa época foram marcados pela criatividade do design das capas de disco. Já nos anos 2000 as capas voltam a ser minimalistas até por uma questão de investimento que precisou ser diminuído com a redução do mercado de vinil e essa tendência mais minimalista segue até hoje para as artes que vão para as lojas digitais. Basicamente o selo definia uma linha gráfica e mudava a cor de cada lançamento sem personalizar a arte para cada artista. 

A criatividade visual das capas de discos é algo que definitivamente faz falta, juntamente com os encartes que contavam histórias sobre o álbum com sessões fotográficas, uma experiência bem mais imersiva e sinestésica.

Kaká Franco

Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba sempre foram as capitais referência para compra de discos, as lojas dessas cidades eram ponto de encontro e serviam como networking para os artistas. Fale um pouco sobre as lojas físicas que existiam (e existem) e a transformação para sites online.

No Brasil existiu uma grande quantidade de lojas de discos de vinil; era comum entrar em alguma galeria e encontrar essas lojas. São Paulo e Rio de Janeiro foram grandes pontos de referência, eram nessas lojas que se achava as músicas do momento ou até mesmo influenciar encomendas. O fato de visitar a loja era um grande network para os DJs da época, afinal a internet não existia. 

Algumas das lojas que eu buscava discos e os encomendava eram Rhythm Records, Bside, Emusic Store, World Music e, aqui em Curitiba, a Doctor Disco. Sei também que existiram outras lojas que marcaram, como por exemplo a Discomania e Updance. Hoje o mercado mudou, vemos raríssimas lojas desse gênero aqui. Deixando de lado os famosos sebos, consigo citar a Dance Division Records e a Embaixada Dance, ambas em São Paulo. A maioria dos DJs que compram discos recorrem aos sites de lojas internacionais, como Phonica, Decks, Hardwax, Deejay.de, Juno, Global Groove e outras. 

Países como Alemanha e Inglaterra sempre tiveram muitas lojas voltadas ao eletrônico e também muitos dealers estão presentes na Europa, vendendo através do Discogs, o “Ebay do vinil”. É importante destacar a Space Hall na Alemanha – esta não tem feito vendas online, mas é gigantesca e todo DJ que anda por lá fica impressionado e volta com uma sacolinha cheia de discos.

Renato Cohen

Hoje você é um dos poucos que discoteca com CDs, mas o vinil também fez parte da sua história. Como você pesquisava e buscava os discos que você queria? Essa garimpagem ainda é feita hoje em dia?

O vinil ainda está muito presente na minha vida e essa garimpagem continua até hoje, mas de forma muito melhor. Com essa pergunta me senti como se estivesse falando de uma outra vida, em um outro mundo. Essa é a minha experiência, de alguém que nasceu e cresceu em São Paulo. Com certeza para europeus e americanos tudo foi muito diferente — lembrando que eu só passei a tocar fora do Brasil e ter acesso a lojas de disco no mundo todo a partir de 2003.

Hoje em dia saber o título de uma música é automaticamente possuir essa música, já que 95% dos discos você consegue comprar online. Já antigamente não, era preciso caçar muito. Antes da internet, eu comprava as revistas importadas para ver a sessão de charts dos DJs que eu confiava e pedia os mesmos discos. Alguns eram bons, outros nem tanto, mas você tinha que arriscar, na sorte.

Algumas lojas tinham um estilo mais definido e você sabia mais ou menos o tipo de música que viria. Eles mandavam um catálogo pelo correio para fazer pedidos, como a Hardwax em Berlim e a Submerge em Detroit. No comecinho da internet tinham alguns sites de lojas muito bons, mas ainda era simplesmente uma página de texto com títulos, como a Sonic Groove em NY e a Juno em Londres; combinava-se isso com as lojas nas galerias em São Paulo e com pessoas que traziam discos de fora.

Foto por Geoff Stahl

Juno foi o primeiro site a ter um trecho de áudio quando começou o mp3. Isso mudou tudo. Pesquiso e compro nele até hoje. Outra grande revolução —  um bom tempo depois —  foi a loja Groovetech, um projeto milionário do empresário dos Rolling Stones. Eles foram os primeiros a fazer uma rádio de streaming com áudio e vídeo, que rodava no Real Player. Eu cheguei a tocar nessa rádio na minha primeira tour na Europa. A Groovetech foi a primeira loja a ter a foto do disco. Nessa época eu era residente do Lov.e Club e toda semana tocava um DJ internacional. Se você conseguisse ao menos ver o rótulo do disco na cabine e tivesse alguma ideia de onde procurar, dava pra olhar um por um até encontrar pela imagem e ver se o áudio batia [risos]. 

Até aqui tudo o que eu falei era pra comprar lançamentos ou discos que sobravam em estoque. Já por volta de 2002 ou 2003 tinham milhares de sites de lojas de disco pelo mundo, mas você tinha que saber que a loja existia — o Google ainda não funcionava muito bem. Supondo que você estivesse buscando um disco italiano de 87’, se você não pudesse ir até a Itália e revirar lojas de usados, você ia passar anos atrás dele e talvez nunca encontrasse.

Gemm foi um site que conectava qualquer loja com catálogo online em uma mesma central de busca. Depois da Gemm eu passei a conseguir coisas que eu procurava por muitos anos. Você podia encontrar discos de qualquer época por preços muito diferentes — às vezes um disco era raro em um país, mas não valia nada em outro. A Gemm acabou falindo quando a Discogs decidiu também vender discos, uns 10 anos atrás.

Apesar de não sentir a menor saudades destes tempos, tinha uma certa diversidade no repertório de todos os DJs que o mp3 acabou matando. Felizmente essa forma massificada de oferecer música que as lojas de mp3 impuseram nos últimos 15 anos parece estar enfraquecendo. Eu sinto que hoje, com Bandcamp e tantos outros canais independentes que conectam pessoas com mesmos interesses, estamos voltando a mesma essência que a pesquisa musical sempre teve, mas de uma forma muito mais poderosa.

Leo Janeiro

Sua visão de mercado sempre foi referência para muitos players da cena. Com a pandemia, quais as principais mudanças que você acredita que devem acontecer relacionadas ao vinil? Será que as pessoas darão um maior valor aos discos e à música de forma geral? 

Acredito que sim, mas vão existir mudanças pela frente. A primeira é a questão econômica, que irá bater em todo mundo, tanto em quem compra como em quem vende. O mercado de vinil tem uma consistência por conta da cultura DJ, porém com o mercado parado é difícil prever as consequências. Vai depender muito de como as pessoas vão lidar e quais as soluções criativas serão achadas para continuar tendo o seu negócio.

Também vai ser um pouco da mudança das fábricas, com matéria-prima mais cara, quantidade de produção reduzida e distribuição impactada, já que o envio ficará mais caro. Acredito que uma série de iniciativas serão feitas para prevenir qualquer tipo de contaminação, companhias aéreas mais discentes… muita coisa vai mudar, mas vai depender muito de como as pessoas vão lidar e quais as soluções criativas serão achadas para continuar tendo o seu negócio.

Talvez menos lançamentos, menos grana circulando… labels precisarão repensar isso. Acho que vai haver uma mudança na ótica comercial, o que vai impactar em outras partes do negócio. Mas em tudo conseguimos reinventar e seguir com o negócio, inclusive do vinil.

Grazi Flores

Com o isolamento social, muitas lojas têm encontrado no ‘delivery’ a solução para se manterem ativas. Quais você recomendaria e poderia pontuar aqui para aqueles que estão em busca de novas preciosidades? É possível que DJs encontrem bons discos nos sebos também?

O disco de vinil é uma mídia muito interessante e curiosa. É sempre, no mínimo, incrível dizer que você tem em suas mãos, literalmente, as ondas sonoras que compõe uma música. Materializar a música dessa forma cria um vínculo muito intenso e único com quem possui uma coleção básica em casa e, em tempos de pandemia, esse vínculo afetivo entre amantes de vinil e o vinil em si tem se intensificado ainda mais. 

Se antes a gente podia chegar numa loja e passar horas garimpando e conversando, agora tudo isso foi transferido para o virtual. Claro, a cultura do vinil nunca se limitou exclusivamente às lojas físicas: existem diversos grupos e páginas nas redes sociais dedicadas à venda de discos, além do comércio que sempre esteve muito vivo no Mercado Livre, Discogs e nos sites das lojas.

A pandemia, portanto, ajudou a reforçar essa possibilidade comercial virtual, simultaneamente forçando os lojistas a manterem seu catálogo sempre atualizado e impulsionando a criação/manutenção de seus sites. Eu trabalho na Patuá Discos e posso dizer, com propriedade, que isso tem sido extremamente positivo pra gente, apesar de algumas complicações técnicas. Mas a partir desse movimento virtual, cada loja está funcionando de uma forma: algumas estão trabalhando com delivery (para entregas próximas à localização da loja física via motoboy), utilizando os serviços dos Correios ou mesmo possibilitando a retirada do disco na loja num esquema de “drive-thru” dos discos. 

Eu seria, de certa forma, injusta se apenas citasse a Patuá Discos como opção de garimpo virtual para incrementar a coleção. Então sempre é bom lembrar que a Show Me Your Case, do querido DJ Mimi, segue com as vendas à todo vapor. E claro, também temos as já tradicionais lojas Lado C Discos, Disco 7 Vinil, Big Papa Records, Made In Quebrada Discos, Vinil SP, Promo Only DJs… Vixi, a lista é grande (e que bom, né?)! 

Sebos e lojas de disco são, sem sombra de dúvida, a melhor forma para você conhecer a cultura musical de um lugar. Nessas “mecas” musicais você vai encontrar tanto artistas conhecidos quanto aquela raridade que você nem sabia que existia. E esse é o barato de frequentar as lojas de discos: essa troca entre expectativas, informações, experiências e afetos com as bolachas, mesmo que à distância, é sempre enriquecedor demais! 

Aliás, para além de encontrar bons discos — no sentido da qualidade da mídia e da capa, no sentido da qualidade musical e no sentido da relevância do artista/disco — em lojas e sebos, DJs e colecionadores encontrarão sempre mais um pouco de conhecimento nesse garimpo que também se debruça sobre a história e as peculiaridades de cada disco e de cada protagonista da cena.

E, com isso, vou puxar um pouco a sardinha pro lado da Patuá: estamos com diversas pedradas na nossa loja virtual que vão desde o feijão com arroz da música brasileira até a cereja do bolo que são, na minha opinião, os discos caboverdianos! Além de diversos discos de Rock, Reggae, Rap, Música Eletrônica, Soul/Funk e toda a variedade de gêneros que existem na música brasileira. Isso sem contar que você sempre encontrará muito conteúdo nas redes sociais e no blog da Patuá. 

Então, na boa? Não espera o isolamento social acabar para ir garimpando umas pepitas por aí, porque estamos todos empenhados em manter firme e forte esse contato com os queridos clientes, amigos e parceiros da loja. Afinal, a distância não altera em nada o carinho e a dedicação que temos pela música e, em específico, pelo vinil!

Leonardo Ruas

Dessa turma você é um dos mais jovens, mas experiência com as bolachas não falta… como você enxerga o momento atual do mercado de vinil? Ainda é possível importá-los? Vale a pena? Qual a melhor forma de incrementar a coleção?

1. Um momento delicado. É assim que enxergo. Olhando pelo lado positivo, nunca tivemos tantos discos lançados e relançados; o sonho de pequenos produtores está virando realidade com o fácil processo em lançar um disco de vinil. DJs e colecionadores felizes com a possibilidade de ter o disco tão almejado! Fico feliz com a democratização. 

Porém, com essa nova onda vem o que me chateia. Apesar da pouca idade, eu garimpo faz anos e nunca esteve tão caro, vendedores com muita falta de tato ao precificar um disco. Tento enxergar movimentos como um todo, tentar respeitar os tantos possíveis lados da moeda, mas quando um vendedor novo no mercado põe o valor que quer num determinado disco existe um desestabilização do mercado como um todo. Acredito que isso possa passar, mas caso contrário, pelo menos pelo meu lado, vou diminuir drasticamente o consumo — e tenho colegas pensam da mesma forma… 

Esse vendedor não conseguirá vender o disco e assim começa um grande problema. Tem que existir conscientização para o todo e não algo tão pontual. O formato disco já provou que veio ao mundo pra ficar, agora cabe aos novos vendedores e alguns antigos entenderem que existe um mercado e ele precisa sobreviver.

2. Sobre importação, super possível! Tirando o momento de pandemia que vivemos, nunca tive problemas ao importar discos. Fica aqui a dica de sempre comprar de lojas confiáveis e se limitar a no máximo cinco por vez… Se usar os correios possivelmente não existirá imposto. Claro que isso era como acontecia, tudo pode mudar pós-Covid. Vale a pena quando você sabe que não vai encontrar o disco no Brasil. Falando em música eletrônica e lançamentos internacionais, vale a pena.

https://www.youtube.com/watch?v=wbjFMEuEDY8

3. Uma dica sincera, vá pro YouTube e ouça muita música! Compre discos que você tem o sentimento que em 20 anos você ainda ouvirá ele… Não compre pelo hype ou pelo motivo “eu-só-toco-com-vinyl”. DJ bom é um DJ bom, indiferente do formato. Que fique claro que eu amo discos e fico feliz ao ver DJs tocando com discos, mas essa felicidade vem da mesma forma quando vejo um DJ usar uma plataforma digital e extrair o máximo dela, não usar como facilitador mas como ferramenta de criação. Não é com o que você toca mas COMO VOCÊ toca que faz a diferença. 

Dito isso, depois de escolher discos “timeless”, compre-os! Se tiver possibilidade compre os originais, é muito bacana ter um disco com história. Esse é o grande barato da coisa, um formato que carrega história, rico em detalhes, como capa, cheiro, barulhos… Uma coleção boa é a coleção que você ouve!

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