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A música conecta

Alataj entrevista Paula Chalup

Por Alan Medeiros em Entrevistas 06.05.2019

Experiência e visão são duas palavras que descrevem bem a carreira da DJ e produtora brasileira Paula Chalup. Seja discotecando pelos principais clubs do país sob seu próprio nome ou ainda apresentando seu live act como IAO, projeto parte da DOC Records, Paula é uma artista reconhecida por quebrar barreiras e levar o dancefloor para um next level.

Esse ano, Chalup foi anunciada como parte do casting da Smartbiz, agência de bookings comandada por Fernando Moreno (leia aqui nossa entrevista com ele). Tal mudança representa um novo momento de sua carreira, agora focada em uma estética sonora capaz de representar suas quase duas décadas de pista. Pouquíssimas pessoas conhecem tão bem a noite paulistana como ela e isso por si só já resultaria em ótimo papo, mas nós fomos além nessa entrevista. Confira:

Alataj: Oi, Paula! Tudo bem? Obrigado por falar conosco. Esse ano você teve sua representação anunciada pela Smartbiz, uma das agências mais tradicionais do país. Como tem sido esse novo momento da sua carreira?

Paula Chalup: Olá, o prazer é sempre meu. Está sendo ótimo, o Fernando é sempre muito atencioso e tem muitos contatos importantes que ajudam a fazer um link com meus projetos. Estou bem feliz!

Desde que você entrou para o time de artistas do DOC, em 2017, quais foram os principais aprendizados que obteve enquanto produtora?

Fazer parte do time DOC é um presente, estar em contato com o mestre Gui Boratto soma muito nas minhas produções. Uma coisa legal é participar dos DOC showcases, onde nitidamente vejo que minhas apresentações com o IAO estão cada vez melhores, o Gui só faz live, então tenho aprendido muito com ele.

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Você é uma artista que soma mais de 20 anos de carreira, com diversos trabalhos relevantes em todo esse período. Olhando para trás, há algum movimento ou período de sua jornada que você sente mais falta?

Tento aproveitar todos os momentos da minha carreira intensamente, mas sinto falta de quando comecei a discotecar, naquela época gastava todo meu cache em vinil para tocar na minhas residências como Hells club e Lov.E, sensações únicas que dificilmente acontecem hoje.

Ter vivido uma residência no Hells Club é sinônimo de te histórias para contar. O que você recorda de mais valioso dessa “golden era” da noite paulistana?

Acordar cinco horas da manhã e ir para uma missa… Era praticamente essa a sensação, um encontro onde a música com certeza era o mais importante.
O Hells foi realmente uma “golden era” como você disse.

Seu trabalho de estúdio e live act com o IAO segue a todo vapor, certo? Quais são seus principais planos para o projeto em 2019?

Sim! Tenho alguns lançamentos nesse primeiro semestre pela Warner, outros pelo DOC e algumas collabs com projetos como Manimal, Fractal Mood e uma tour para o segundo semestre em fechamento com a a Plusnetwork.

A preparação e os estudos para exercer a profissão de DJ e produtor são diferentes, mas igualmente necessárias. Como você encontra tempo para produzir e pesquisar em meio a uma rotina que exige tanto dos artistas?

Realmente tem que existir uma rotina e disciplina. Geralmente divido minha semana em pesquisas e estúdio. Faço uma agenda semanal de prioridades, semanas mais estúdio, semanas mais pesquisas, não da para manter uma fórmula, geralmente organizo meu tempo conforme as prioridades.

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O trabalho de curadoria ao mesmo tempo que tem um perfil bem imperceptível para o grande público, é fundamental para o sucesso de um selo. Como tem sido desenvolver essa frente para a Warner Records?

Está sendo um desafio e um prazer ao mesmo tempo. Esse trabalho só vem somando na minha carreira como artista, posso abrir portas para outros grandes artistas, isso não tem preço para mim. Estou desenvolvendo também outros tipos de lançamentos não só de artistas, mas de collabs de clubs, como D-EDGE e de festas como Tantsa. Esse é um produto quem vem com muita força em 2019 e estou bem feliz com o resultado que deve vir.

Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Representa um estilo de vida, tive sorte de ter essa conexão com a música cedo, hoje ela mudou minha vida, vivo dela e vivo para ela.

A música conecta.

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