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A música conecta

Vendas de vinil superam as de CDs pela primeira vez em décadas

Por mais que essa notícia soe meio paradoxal para nós, meros mortais que importamos discos e pagamos altíssimos preços por eles, é fato, pela primeira vez em muitos anos, o vinil bateu o CD em número de vendas nos Estados Unidos. Estamos falando de uma inversão que não acontecia desde a década de 80, quando o vinil vivia seu clímax, mas  sofreu uma brusca queda pela chegada do Walkman e por toda a revolução que veio após ele. Nos anos 90, os discos beiravam uma extinção por conta da chegada dos CDs e esse, por sua vez, viveu seu inesperado declínio com a chegada do nostálgico Napster e de todos os desdobramentos a partir dali.

Segundo a Recording Industry Association of America, responsável pelos dados, durante o primeiro semestre de 2020, a venda de discos girou em torno de US$ 232 milhões, enquanto a de CDs representa US$ 130 milhões. Ambos, ficam bem atrás da massiva arrecadação do streaming. Lideradas pelo Spotify, a arrecadado das plataformas no primeiro semestre foi de US$ 4,8 bilhões. Por um prisma mais comportamental, o que se percebe é que, de fato, há um aquecimento em relação à cultura do vinil. Por pelo menos duas décadas os ganhos nesse formato não bateram 3 dígitos em milhões de dólares e o que se nota é um crescente resgate por esse lifestyle. Os números não nos deixam mentir. Ter discos e ter onde ouví-los é quase um ato ritualístico, é confortável e representa um momento especial. Isso quando avaliamos por um viés que vai além das preferências entres os DJs, claro. Além do quesito palpável, ele acaba sendo muito mais adorável pelo visual artístico dos encartes, porém mais atraente que o CD.

Não é novidade que no mundo algumas coisas realmente são cíclicas e que as gerações mais atuais tem apreço pelo retrô. Por muito tempo, o CD individual valeu mais que o vinil nas lojas (acredite se quiser) até que os papéis voltaram a se inverter. Outro dado interessante é que o número de assinaturas pagas em serviços como Spotify, Apple Music e Amazon subiu para 72 milhões, o que caracteriza um aumento de 24% em comparação aos primeiros seis meses do ano passado. Um resultado até mesmo esperado por conta do isolamento social. Agora, resta saber qual será próxima revolução no mundo da música, já que o streaming é um formato que divide opiniões e não seguem a melhor das condutas sobre remunerar artistas, peças-chave para a existências dessas plataformas. Veremos…

A música conecta.

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