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A música conecta

Sally C no caminho para se afirmar como uma das novas protagonistas do House global

Por Ágatha Prado em Storytelling 02.02.2023

Dos novos frutos do cenário europeu que prometem ganhar os holofotes mundiais em breve, Sally C é um nome para ser destacado em nosso radar. Responsável por resgatar a essência primária da House Music, aquela vibe real rave que por certo tempo ficou um tanto esquecida pelos artistas contemporâneos do estilo, Sally C não tem medo de jogar o old na mesa e provar que o espírito clássico das atmosferas de Chicago está mais vivo e latente do que nunca. 

Nascida em Belfast e residente em Berlim, Sally se consagrou como uma das novas artistas mais empolgantes da cena, graças às suas seleções ousadas para as pistas e sua lista poderosa de lançamentos autorais. Com uma profunda paixão pelo Vintage House que cruza a gama do Hip House e do Acid, até o Techno e Electro rollers voltados para o futuro, ela desenvolveu um talento especial para selecionar clássicos atemporais adormecidos.

Para se ter uma noção da energia dos sets de Sally C,  é só dar uma espiadinha no Boiler Room que a artista gravou durante sua apresentação no AVA Festival de 2019. Entre o digital e analógico, o resultado é uma seleção de alta voltagem que faz o público ir ao delírio, ao misturar clássicos de Tyree Cooper, Mr G. e Aphex Twin com novos flashes de Ketama, Brame & Hamo e claro, suas faixas autorais.

E por falar em faixas autorais, é aqui que mora o ponto alto do talento de Sally C. Dentro do estúdio a artista incorpora realmente tudo o que inspira sua pesquisa. As atmosferas enérgicas que remontam a era do Hip House, e a cultura musical das raves da virada da década de 80 para 90. É como mergulhar num túnel do tempo quando ouvimos seu EP de estreia Big Saldo’s Chunker 001, lançado pela sua própria gravadora de mesmo nome. 

Inclusive, foi por causa desse mesmo EP debut que Sally teve a honra de remixar a lenda Fast Eddie, um dos seus grandes ídolos do Hip House, reinterpretando a faixa Let’s Do This em seu selo AOU Entertainment. Foi a primeira vez que o clássico do Hip House recebeu um tratamento de remix oficial desde o início dos anos 90.

O segundo EP da Big Saldo’s Chunker foi lançado no ano passado alinhando a identidade de Sally C para as esferas mais “raw” e pulsantes do Olschool House, absorvendo estéticas do break e das batidas mais sólidas e “filthy” do estilo. Na consagrada série de compilações da fabric, TSHA incluiu a faixa  Downtown de Sally, junto a nomes como Gallegos, Uncle Knows e outros novos talentos do cenário europeu. 

Hoje a artista já coleciona uma boa carta de lançamentos por labels como Rhythm Section International, Aus Music e Poumpet Records, sempre muito bem conectados à sua essência ousada e atemporal e mostrando que seus próximos passos podem alçar vôos ainda maiores sob os holofotes globais.

A música conecta.

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