Skip to content
A música conecta

Touch | Mita Gami

Por Isabela Junqueira em Touch 23.09.2022

Através do alias Mita Gami, Amit Agami celebra o encontro entre o House e a psicodelia, a partir de uma clara compreensão de que a música eletrônica não foi apenas feita para ser ouvida, mas para ser sentida e experimentada. Crescendo e se consolidando como uma fonte vital para música eletrônica alternativa em Tel Aviv, o DJ, produtor e multi-instrumentista desenvolveu uma assinatura musical particular, que absorveu muito bem as influências sonoras e culturais de sua base. O produtor lançou um novo EP nessa última semana, High On, pela Crosstown Rebels em parceria com Adam Ten. De uma forma gentil e carinhosa, o artista nos contou as principais características que fazem da sua música algo tão expressivo — fique até o final do texto e, de quebra, confira também o convite que Mita Gami tem para você!

Mita Gami

Olá, obrigado por me receber aqui! Quando comecei a produzir, li muitas entrevistas e assisti aulas no YouTube. Acho que é uma ótima maneira de aprender e é emocionante estar do outro lado! Eu quero falar sobre alguns tópicos hoje: o que é “musa”, trabalhar de forma colaborativa no estúdio e um som que se identifique com você. Então, o primeiro tópico sobre o qual quero falar é sobre a musa. Alguns produtores dizem que se você não tem poder ou uma ideia específica, é melhor não trabalhar no estúdio e voltar quando adquirir esse poder. Eu não acredito nessa teoria. Trabalhar no estúdio é como trabalhar em um dia de trabalho e, na minha opinião, se você ficar sentado o suficiente, algo acaba saindo e também sempre aprendendo ou inventando mais técnicas que podem ser usadas posteriormente.

Às vezes, há uma ideia na sua cabeça que você quer fazer e isso é o que eu chamo de musa. Em situações como essa, tento chegar o mais rápido possível ao estúdio para tentar trazer algo que eu possa ouvir nos alto-falantes. Quando não tenho uma ideia específica, tento fazer um groove legal. Normalmente eu tenho uma ideia para uma melodia, e então tento primeiro colocar em um dos grooves que já fiz (quando não tinha uma musa/melodia em mente).

O segundo tópico é trabalhar juntos no estúdio. Nos últimos anos tenho trabalhado muito com Adam Ten e temos uma excelente química no estúdio. O mais importante é dar espaço e não dizer diretamente sua opinião sobre o que o outro está fazendo. Às vezes, leva alguns minutos para obter um bom resultado. É importante dizer uma boa palavra quando o parceiro faz algo de bom. Não há plug-in mais importante do que aquele que diz que o que você fez, parece bom o suficiente e você pode seguir em frente.

O terceiro tópico é o som com reconhecimento. Eu realmente gosto de usar os presets que criei em diferentes faixas. Tenho vários sons que criei em meus sintetizadores que uso de diferentes maneiras em diferentes faixas. Além disso, tenho várias percussões que gosto do som e alguns efeitos — essa combinação de sintetizador, percussão e alguns efeitos em diferentes faixas cria um som único que identifica suas músicas, é uma maneira legal de produzir uma assinatura sonora. Se alguém tiver uma pergunta ou um tópico sobre o qual queira falar, pode me enviar um e-mail que está no meu Instagram. Tenham um ótimo fim de semana!

A música conecta.

A MÚSICA CONECTA 2012 2025