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A música conecta

20 anos de discotecagem e Jamila Martins segue com uma paixão latente pela Dance Music

Por Nicolle Prado em Trend 16.08.2023

Na infância, é comum sermos questionados sobre sonhos e um futuro ainda longínquo. E com isso quero dizer: quem nunca ouviu a pergunta “o que você quer ser quando crescer?” e entre mil fantasias, deixou aquela ideia mais sublime ser a resposta, sem saber quantas mudanças se revelariam neste caminho. Com Jamila Martins, não foi diferente. Apaixonada por música desde criança, seu maior hobby era colecionar e gravar fitas cassete para, em seguida, reunir as amigas e ouvi-las repetidamente. Na época, a resposta para a popular pergunta, não poderia ser outra além de “quer ser DJ”.

Mal sabia ela que, em seu caso, esse não era só um desejo de criança, mas o propósito de sua vida, um papel que desempenharia por 20 anos, e outros quantos mais forem necessários. Afinal, esse é um texto de celebração de uma carreira longa e ainda próspera, que ano após ano, tem rendido movimentações importantes e consolidado a artista como um nome importante na cena eletrônica, principalmente quando se trata do Sul de Minas. Mas, antes de chegarmos ao seu atual momento, recordar suas vivências faz parte do processo de entender sua visão e marca como artista. 

Depois de seus primeiros contatos com a música, o amor que era uma pequena chama, se tornou um incêndio, dominando por completo seus caminhos. Na adolescência, sua coleção passou a abranger também CDs e, aos 12 anos, já frequentava baladas, fissurada pela cabine dos DJs, observando cada um de seus movimentos e ainda pedia discos para levar para casa. Aos poucos, já  estava criando um repertório rico e dinâmico que seria útil para seus dias de discotecagem, que logo chegaram, graças à influência de uma amiga produtora de eventos. 

Esse empurrão era o que Jamila precisava para embarcar de vez no universo musical. Começou com um curso de DJs e pouco tempo depois já estava tocando por diversos clubes. De lá para cá, a artista pode dizer que deixou sua marca em diversas cidades de São Paulo, Santa Catarina e seu estado natal Minas Gerais, graças a sua habilidade singular em criar experiência musicais inesquecíveis que, inclusive, a levaram a se tornar a única mulher sul mineira a se apresentar no extinto Soulvision Festival, o maior festival de música eletrônica do carnaval do país, que acontecia em Altinópolis. 

Nessas duas décadas de trajetória, a artista construiu um portfólio dinâmico e variado. No início, seus sets se pautavam nas linhas do Electro House/Prog, gêneros mais comuns nas raves da época, além de ser influenciada principalmente por Electrix – tendo a acompanhado em suas gigs aqui no Brasil –, mas atualmente, apesar de manter a versatilidade, Jamila se dedica a dois projetos, com identidades bem distintas. O principal deles, que assina com seu próprio nome, busca inspirações nas diferentes faces da House Music, desde o Afro House até o Tech e Progressive; enquanto sob o alias Hera Pure, desenvolve um perfil sonora mais voltado às linhas do PsyTrance. 

Mas, as facetas de Jamila não se ramificam apenas nesses projetos paralelos. A artista ainda mantém uma forte atuação como produtora cultural, se dedicando a fomentar a cena da Dance Music em Minas Gerais desde 2006, e também é empreendedora, com a Beatlife, um curso de formação para DJs e mentoria de carreira, e a Beatplay, uma agência de backoffice artístico, que surgiu como uma ramificação, já que estava sempre indicando e ajudando os alunos e artistas próximos a encontrarem gigs. 

Assim, Jamila Martins trilhou os seus primeiros 20 anos de estrada. Primeiros, porque sua jornada ainda está longe de acabar. Sua contribuição com a música ainda tem passos a serem dados e sua paixão ainda promete cativar plateias e inspirar gerações. Esse é o foco que a tem impulsionado e a levará a voos cada vez mais altos – e que nós estaremos atentamente  acompanhando. 

Conecte-se com Jamila Martins: Instagram | SoundCloud

A música conecta. 

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