A trajetória de Jay Mariani na arte começou com a paixão pelo skate e embora uma lesão tenha o afastado, os ensinamentos, como as formas de expressão, permaneceram com ele. Em 2013 ele começou a trabalhar com produção audiovisual e em 2014, ingressou na Dance Paradise Movies, a produtora audiovisual da Dance Paradise, mergulhando de cabeça no universo da música eletrônica.
O seu talento com filmagem o levou a colaborar com artistas internacionais como Kolombo e Loulou Players. Uma grande virada aconteceu em 2015, quando ele abriu sua própria produtora e diante de um encontro fortuito com Amine Edge & Dance no Air Rooftop, em São Paulo, abriu portas para uma relação profissional que o impulsionou à capital paulista. Após sete anos dedicados ao audiovisual, Jay decidiu explorar uma nova faceta que vinha fazendo seus olhos brilharem: o deejaying. Impactado por uma entrevista (que você confere abaixo) de DJ Marky, antes quiçá de dar os primeiros passos, Mariani já tinha os valores que o acompanham até aqui muito bem estabelecidos.
Com um plano traçado e pronto pra recomeçar do zero, ele deu os primeiros passos e não olhou mais para trás. Em 2020, fundou a Dogghäuz Records e o primeiro lançamento do selo foi responsável também por chancelar uma nova era. “Um tempo depois encontrei o Mochakk em Curitiba e tocamos juntos em um after. Lembro dele falar que o tech house que a gente tava tocando era muito pitbull. Isso ficou na minha cabeça, mas a vida segue. Uns meses depois a pandemia começou e juntamos numa session de estúdio, eu, Mochakk e Cesar Nardini, onde todas as ideias vieram a tona, todas as revoltas e vontade de mudar. Nesse dia produzimos o maior lançamento que nossa gravadora já teve This Is Not A Simulation. O manifesto dessa música foi escrito por mim e pelo Mochakk e se trata exatamente de toda essa revolta”, narra Mariani.
Ao fim de 2020, Jay já tinha gigs regulares (apoiado por nomes como JORD e a antiga dupla Breaking Beattz) e durante a pandemia, fez a transição completa para DJ e produtor. Nestes três anos, não só a personalidade se mostrou um ponto vital na construção sonora de Jay Mariani, mas ao dispensar a restrição ao tech house, abraçando todo o espectro que há entre o house e o techno (como minimal, deep house, breakbeats, drum and bass), certamente se tornou mais um ponto de absoluta importância.
O estilo musical diversificado aliado ao respeito pela cultura e pela sua própria identidade vem refletindo sua busca por autenticidade em um cenário muitas vezes padronizado. Motivado a desafiar tendências massivas e também apoiar novos talentos, Mariani fundou uma segunda label, a Juicy Records.
É válido dizer que ele também vem colhendo os frutos das sementes plantadas. Além de seguir construindo um catálogo musical expressivo, ele vem conquistando pistas que valorizam sua sonoridade: Universo Paralello, D-EDGE e Amsterdam Dance Event, para mencionar alguns. Isso, claro, fora os suportes de seus próprios heróis musicais. Agora o DJ e produtor sobe mais um degrau com a criação do Phase Micro Club, em sua base, Curitiba. Ao lado de Jho Roscioli, os artistas deram vida na última sexta, dia 15 de dezembro, ao micro club cuidadosamente criado e moldado para ter como foco a experiência em pista.
Com apenas três anos de projeto, Jay Mariani já é uma força ascendente e positiva na cena nacional com a sua autenticidade e paixão… ou seja: é bom observar de perto!
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A música conecta.