Música eletrônica e música clássica. Essa é uma mistura que não é mais tão incomum, mas que sempre surpreende pelo resultado final. E se nos palcos isso pode dar muito certo — como já mostrou Anderson Noise junto com a Orquestra Bachiana Filarmônica, ou mesmo Jeff Mills com a Montpelier Philharmonic Orchestra — na identidade de um artista também pode funcionar muito bem.
Apresentamos hoje na coluna Who? o paranaense Talles Domit, que iniciou sua carreira há seis anos na cidade de União da Vitória, mas hoje escolheu o litoral catarinense como base para impulsionar sua música. Sua paixão por música clássica e suas habilidades com o piano criaram um diferencial determinante nas suas músicas, unindo a elegância do violino e os acordes finos dos instrumentos de tecla para dentro da atmosfera inebriante do Progressive House e para as batidas eufóricas do Techno.
Talles sempre teve o desejo de fazer algo marcante e encontrou nessa fusão entre música eletrônica e clássica a oportunidade ideal para iniciar seu projeto, sempre priorizando a qualidade do arranjo. “Sou uma pessoa introspectiva e a maioria das músicas que eu faço são assim. Estudo piano há quatro anos e agora estou indo para o violino, são instrumentos que farão parte das minhas produções e também do meu live act”, ele conta.
Domit já teve a oportunidade de tocar na pré-inauguração do Aborigene Club, em sua cidade natal, que chegou a ser eleito como o 35º melhor club do Brasil pela House Mag, além de ter tido a honra de fechar a pista para o duo Elekfantz. Suas produções já chegaram até mesmo nas mãos de BLANCAh, que tocou sua faixa “Abstract” durante uma gig internacional, em Berlim.
Nos próximos meses, Talles Domit deve lançar um remix pela Createch com seu mestre e mentor tarter, artista que tem sido peça-chave no direcionamento de sua carreira e também na sua evolução artística. Equilibrando as vibrações naturais com a energia humana, Domit absorve e traduz as dores do mundo exterior para sua música de forma pura e sentimental.
A música conecta.