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A música conecta

Para o duo IAO, música é o alimento da alma. Vem que tem playlist e entrevista e exclusiva com eles!

Por Alan Medeiros em DJ's 02.03.2017

O que esperar da parceria entre Paula Chalup, um dos nomes mais importantes da música eletrônica nacional, e Lucas Parisi, integrante da Orqestra de Laptops de São Paulo? Algo realmente inspirador, claro. O projeto IAO deu as caras para o cenário eletrônico com um debut EP pelo DOC, label do lendário Gui Boratto. The One and Only pelo nome até sugere vida curta ao projeto, mas não é isso que Paula e Lucas estão mirando.

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Três faixas compõe o EP. Todas elas trazem uma linguagem moderna e bastante contemporânea dentro do techno e exploram uma atmosfera obscura e melódica. Blank Canvas apesar de ser a mais lenta, apresenta forte potencial para o dancefloor, algo que não podia deixar de existir em um projeto com a presença de Paula Chalup, especialista em comandar diferentes pistas ao longo de mais de duas décadas de trabalho pela cena.

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Convidamos o duo para estrear nossa série de playlist Alataj Invites no Spotify, aonde artistas irão selecionar faixas que marcaram suas carreiras e vidas pessoais. Eles também responderam algumas questões para uma rápida entrevista, que você confere a seguir:

1 – Olá, pessoal! Tudo bem? Nós ficamos muito curiosos em saber como vocês se conheceram e se aproximaram a ponto de formar o projeto. Falem um pouco a respeito de como isso tudo aconteceu…

Nos conhecemos através de um amigo em comum para realizar um trabalho de produção de trilha sonora. O trabalho em si acabou não virando, mas no processo descobrirmos que tínhamos gostos e visões em comum à respeito da música. Conversamos sobre a possibilidade e pouco tempo depois viemos com a inspiração do IAO.

2 – Logo no começo do projeto, vocês alcançaram esse release com a DOC. Na visão de vocês, o que foi apresentado de especial para o Gui topar essa parceria? O EP lançado foi o primeiro material que vocês mandaram para o selo?

Sim, este foi o primeiro material apresentado para o selo. Acredito que mandamos 3 ou 4 músicas para o Gui, sendo que ele depois pediu para escutar todas que tínhamos para definir conjuntamente quais iriam para o EP.

3 – Por falar em DOC, qual tem sido o grau de importância de todo o trabalho que o selo desempenha, nesse começo de projeto?

É fundamental. Muitos artistas hoje em dia possuem uma relação não tão profunda com o selo. Você manda as demos, eles aprovam ou não, depois disso ocorre o lançamento e pronto. Não existe um vínculo. Com a D.O.C. desde o princípio foi diferente. O Gui ficou super animado no email que enviou para nós, e na semana seguinte estávamos na casa dele, vendo todos os lançamentos da gravadora, capas, opções de cores, etc. Foi uma relação bem mais profunda e natural desde o começo. Além desse envolvimento todo, temos todo o suporte de uma plataforma, temos liberdade de fazer a música da maneira que quisermos, e também temos o Pedro Suchodoslki, sócio do Gui na D.O.C cuidando de toda a burocrática e jurídica da gravadora.

+++ Confira entrevista exclusiva do Alataj com Pedro Suchodoslki

4 – Paula, sua experiência na noite, especialmente paulistana, certamente é um importante diferencial. Você tem buscado trazer referências e estéticas trabalhadas no passado para composição do IAO? Como isso tem funcionado?

Claro que toda a minha história acaba de algum jeito somando ao projeto. Mas com o IAO, nossa pesquisa e referências vem de um lado musical que nunca explorei e estou muito satisfeita com o resultado. Estamos ainda no inicio de um belo trabalho, ter nesse inicio o olhar de um mestre como Gui, só indica sinal verde para IAO.

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5 – Lucas, é possível dizer que sua experiência com a Orqestra trouxe ao IAO uma roupagem mais experimental para as produções? O que de mais importante você carrega após as experiências com seu antigo projeto?

A maior contribuição talvez seja uma visão mais holística da música, mais livre, menos determinista. Na orquestra usávamos diferentes plataformas, instrumentos, programas, e isso me deu a possibilidade de não me apegar a um único jeito de produzir, de entender ou de consumir música.

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6 – Qual foi o critério/curadoria utilizados para escolha das faixas para playlist?

Os critérios foram bem abrangentes, desde músicas experimentais e conceitos que nos influenciaram como artistas até músicas que ouvíamos na infância ao ponto de ficar registrado no inconsciente. Além disso, algumas destas músicas marcam momentos específicos da nossa vida e carreira.

7 – Gigs, lançamentos, novidades… o que podemos esperar do IAO após esse lindo lançamento pela DOC?

Após o lançamento em vinil estamos planejando várias gigs por todo o Brasil para apresentar nosso live para o público. Acredito que role mais um EP pelo D.O.C. ainda esse ano e vários showcases com os membros da nossa nova família.

8 – Para finalizar, uma pergunta especial. O que a música representa na vida de vocês?

Música é o alimento da alma.

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