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A música conecta

Uma agradável mistura de fogo e gelo: falamos com Yotto

Por Alan Medeiros em Entrevistas 01.11.2017

On Air é a coluna de entrevistas do Alataj. Leia todas aqui! 

Amplamente apoiado pelo time da Anjunadeep, Yotto despontou para o cenário internacional através de uma sequência de releases na gravadora e hoje é considerado um dos nomes mais promissores do house melódico por todo mundo. Parte de sua boa fase pode ser justificada pelos remixes que este produtor finlandês foi convidado a executar. A lista é imponente e inclui trabalhos para Coldplay, Christina Löffler, Gorillaz, RUFUS e Röyksopp. 

// Relembre nossa matéria sobre Yotto na coluna WHO?

Seus números também impressionam. No Spotify, Yotto possui mais de 300 mil ouvintes mensais, enquanto em outras redes sociais como Facebook, Soundcloud e Instagram, ele já soma mais de 80 mil seguidores. Distanciando-se dos números e partindo para o aspecto musical, que é o que realmente importa, vale destacar sua identidade artística. As produções de Yotto são marcadas por um perfil bastante melódico e grooveado, com um leve toque psicodélico. Em seus últimos releases, é possível observar um amadurecimento técnico também, já que as faixas soam mais preenchidas e com mais potencial de pista.

No próximo sábado, dia 4 de novembro, Yotto debuta no Brasil ao lado de Kolsch e Jonas Rathsman no Laroc em Valinhos. Antes disso, ele encontrou um tempo em sua agitada agenda para responder algumas perguntas para a nossa equipe. Confira o resultado desse bate-papo a seguir: 

1 – Olá, Yotto! Tudo bem? É um grande prazer falar com você. Sasha, Laurent Garnier, Kolsch e Patrice Baumel são apenas alguns dos nomes que tem tocado suas produções. Entre tantos artistas e suportes realmente especiais, algum deles pode ser considerado o ponto de virada da sua carreira?

Muito bem, obrigado! Me preparando para a minha turnê na América Latina. Sou muito grato pela atenção que todos esses fantásticos DJs me deram – devo dizer que Pete Tong, Annie Mac e Danny Howard na BBC Radio 1 desempenharam um papel importante com o apoio contínuo.

2 – Gorillaz, Röyksopp, Lane 8 e Coldplay estão entre os artistas que você já remixou. Seu processo criativo em um remix é muito diferente de uma track original? Quais são seus remixes preferidos?

Sim, é bem diferente. Costumo tentar encontrar alguns elementos no original que sejam interessantes e começar a partir disso. Meus favoritos pessoais… são tantos – talvez o remix de Trentemoeller para Röyksopp ou Âme Main Mix de Timbuktu para Sydenham & Ferrer.

X – Qual foi o exato momento que você percebeu que a música seria mais do que uma paixão e se tornaria sua profissão? 

Essa resposta será disponibilizada em breve via newsletter. Inscreva-se aqui. 

3 – Conhecemos seu trabalho há um bom tempo através da Anjunadeep. Fale um pouco sobre o seu relacionamento com o selo e a importância que a marca possui em sua carreira atualmente…

O label tem sido muito importante para mim – basicamente construímos tudo juntos e eles me deixaram fazer a música que eu queria. É como uma família e sem eles eu não estaria onde estou agora.

4 – Brasil: finalmente você tem seu debut programado por aqui, não é mesmo? Como estão as expectativas? O que você tem ouvido falar sobre a cena aqui no país?

Ouvi coisas tão boas, mal posso esperar para conhecer. Sei que as pessoas adoram dançar e gostam muito de música – é tudo o que eu preciso!

5 – Aqui na América do Sul, o progressive house marcou toda uma geração na década passada, guiado por caras como Hernan Cattaneo, John Digweed e 16bit Lolitas. Como você avalia o atual momento do estilo num contexto global?

Sempre fui um grande fã desse som – Desyn Masiello, Ricky Ryan etc., eram alguns dos meus DJs favoritos e eu ouvia muitos dos seus sets na América do Sul. Eu acho que o progressive house está indo muito bem e vai crescer ainda mais muito em breve.

6 – Seu recente EP, North, é denso, profundo e soa quase como um álbum. Quais foram suas inspirações para produzi-lo?

É como se fosse um mini álbum. Produzi todas as músicas durante o meu tempo fora da estrada no inverno passado, então foi muito inspirado pelo inverno e dias de neve na Finlândia. Há um pouco de contraste entre frio/dramático contra quente/aconchegante.

7 – Seu som carrega uma identidade muito ligada ao groove e a emoção. É possível dizer que seu foco principal é fazer sons voltados para o dance floor? Como é possível construir uma identidade forte atuando entre o techno e house?

Sim – eu definitivamente estou sempre com uma pé no dance floor, mesmo que eu possa experimentar, nunca vou muito longe. Eu acho que a identidade vem de fazer o que você gosta particularmente – as pessoas conseguem saber se a música é genuína e essa é a única maneira de ser único e dar ao trabalho alguma personalidade.

8 – Todo grande artista possui referências importantes fora da música eletrônica. Quais são as suas?

Filmes, trilhas sonoras, natureza, livros, histórias de pessoas que só vi uma vez e nunca mais nos encontraremos. O mundo ao meu redor é muito inspirador.

9 – No que diz respeito a lançamentos, após North, o que vem por aí?

Tentando terminar algumas faixas antes do ano acabar – há muitas músicas não lançadas que estão guardadas, então planejarei algo para essas faixas também.

10 – Para finalizar, uma pergunta pessoal. O que a música representa em sua vida?

Eu vivo e respiro música, ela traz alegria e paz ao cotidiano. Também é meu trabalho, mesmo que isso não soe assim.

A música conecta as pessoas! 

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