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A música conecta

Malive é sinônimo de pluralidade sonora

Por Isabela Junqueira em Storytelling 28.09.2023

Vira e mexe batemos na tecla de que não existe fórmula pronta para o sucesso, mas sim características pontuais que conduzem a ele. Entre elas, a habilidade para lidar com a complexidade da música eletrônica certamente é uma delas, atributo esse que Malive dominou de forma exímia. Naturalmente o produtor se desprendeu de limites musicais e traçou uma jornada única na música. “Aprendi cedo a não rotular as pessoas a gêneros, seja na vida cotidiana ou na música. Desde o dia 0 produzindo eu me vinculo a um único gênero musical: o bom. Tudo que é bom eu sei fazer e quero estar ligado nisso de alguma forma”, explica Vinicius Lima.

Sob a alcunha de Malive, em 2016 ele deu seus primeiros passos como produtor, começando a trilhar um caminho que o conduziria a caminhos realmente proveitosos. Misturando seus gostos e criações, seu objetivo se tornou um: construir uma atmosfera sonora que cative o ouvinte e transforme sua experiência auditiva em um oceano de energia. E assim ele o fez e faz. Construindo seu catálogo musical, percorreu um amplo espectro da música eletrônica, produzindo faixas das mais diversas vertentes que surgiram a partir do house e techno (sem exageros), até subgêneros que se desenvolveram a partir das características nacionais.

Para se ter uma ideia da amplitude do som de Malive, 2035 Mood, Armada Music, Blackartel, Diynamic, D.O.C. Records, Sony Music, Som Livre e Só Track Boa são só alguns dos selos em que suas produções estão catalogadas. Malive é um dos poucos produtores habilitados a dialogar com o mainstream e underground sem perder a força e coesão. Algumas das faixas que podem te dar uma maior compreensão da amplitude do trabalho de Malive são Cuide-se Bem, Pictures, Imagination, Balance e seu fantástico edit de Jezebel, de Sade — mas só um mergulho em seu catálogo para entender a real dimensão.

“Assim como as pessoas e seus gostos, a música também muda. Afinal, somos nós os consumidores e é impossível se manter estático assistindo a toda essa evolução. É necessário acompanhá-la… novos timbres, novas estruturas e até a minutagem das minhas músicas mudam uma a uma”, reflete Malive.

Mas é válido ressaltar que ele não parou por aí. Você sabe o que Bk, Chris Mc, Djonga, Froid e L7nnon têm em comum? Faixas produzidas por Malive. O produtor paulista também manda muito nos beats, e é simplesmente o responsável por um dos maiores hinos de combate ao racismo, Olho de Tigre, do rapper mineiro Djonga. Ele também é o produtor das bases de Folhas, do Bk; de FaceTime que é uma parceria entre Chris MC e L7nnon, entre outras incontáveis faixas que vão do rap ao trap.

Enquanto muitos produtores optam por se dividir entre alcunhas e segmentar seu trabalho de acordo com o nicho de atuação, Malive mantém seu alias em tudo que se propõe a produzir usando a versatilidade como uma das suas maiores forças. “Ser versátil sempre me levou para múltiplos lados da música. Quando era mais novo eu olhava pro Skrillex e Diplo produzindo álbuns do Justin Bieber, por exemplo, e via um gap de oportunidades para executar algo similar aqui no Brasil e foi isso que decidi fazer”, contextualiza o artista.

A habilidade na produção chegou antes na vida de Vinicius, que apenas dois anos depois atuando como produtor, organicamente se transformou em DJ. E mais uma vez ele não falhou, entregando apresentações que mantêm o mesmo nível da sua produção musical. Este ano ele se apresentou no El Cielo, na Pacha em Ibiza e também fez seu debute na Green Valley e XXXPerience. Além dessas importantes apresentações, ele já tocou em outros clubs e eventos importantes como CAOS, D-EDGE, Kaballah Festival (em Santa Catarina), Laroc, Só Track Boa e muitos outros, cruzando Brasil de norte a sul.

Toda essa potência foi o que alimentou e segue alimentando a alma artística de Malive, que se preocupa simplesmente em criar, bebendo das mais diversas referências, sem se limitar a modismos ou nichos. Com a liberdade e habilidade de transitar entre o que ele acredita, sem se rotular, Malive fura as bolhas e segue se posicionando como um sinônimo de pluralidade sonora e boa música. 

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