Nossos editoriais são poderosos espaços que estimulam abertura para debates construtivos. Alguns mais reflexivos que se tornaram palco para um diálogo colaborativo, outros mais analíticos, recobrando panoramas históricos para o entendimento do presente e especulações acerca do futuro. O objetivo do Alataj sempre foi trazer informações baseadas em registros históricos, e abrir caminhos para diálogos que expandam as vias de pensamento, tendo como base a força motriz de toda essa engrenagem: a música.
Seja o cenário musical, as noites, as pistas, os artistas, as múltiplas vertentes, os veículos de propagação, ou projetos icônicos, os assuntos explanados em nosso editorias são projetados para ampliar a compreensão e visão coletiva, sob diferentes temáticas que convergem com o universo da música eletrônica. Seguimos então com a seleção de 10 editoriais históricos que ficaram marcados nesses 10 anos de jornada do Alataj.
Por que o Daft Punk acabou?
O fim de um projeto que revolucionou não somente a Dance Music, mas a história da música contemporânea, foi pauta de um editorial que marcou de forma especial nosso acervo. Laura Marcon trouxe as reflexões, insights e os pesares, do encerramento polêmico do Daft Punk, relembrando o legado do duo e o poder transformador do projeto que perdurará pelo futuro das gerações.
Afinal, por que o Funk incomoda?
Um dos editoriais recentes da nossa revista, e que levantou um assunto polêmico e pertinente do momento. A (re)inserção do Funk nas festas de House e Techno, vem gerando a discussão sobre seu lugar de pertencimento, e o preconceito em torno do estilo genuinamente brasileiro. Enquanto incomoda alguns, o Funk nacional segue também como um fenômeno internacional de forte representatividade. Entenda a polêmica em torno, através das palavras de Carolina Souza-Cruz.
Comunidade trans e Dance music: um apagamento histórico?
Já parou para pensar em como o mundo gira em torno de políticas dominantemente conservadoras, onde a liberdade vira praticamente uma realidade difícil de alcançar? Arthur Cobat trouxe uma reflexão fundamental sobre o papel da pista de dança como local histórico de refúgio e liberdade de expressão, sobretudo para os corpos dissidentes, já que ao longo da história, o pertencimento genuíno do movimento à comunidade trans, vem sendo ignorada por muitos produtores culturais.
Por que ainda temos poucas mulheres dentro do estúdio?
Assunto polêmico e pertinente não somente no nosso cenário nacional, como no mercado geral da música eletrônica. Felizmente estamos vendo cada vez mais mulheres a frente das cabines no comando dos decks, porém por que ainda temos poucas mulheres na produção musical? Laura Marcon fez um convite a homens e mulheres, para uma reflexão quanto ao panorama musical contemporâneo, com participação de artistas e profissionais do mercado da música.
Lei Rouanet: Incentivo cultural para quem exatamente?
Isabela Junqueira trouxe ao nosso acervo, uma interessante discussão e direcionamento sobre a Lei Rouanet, um dos principais incentivos culturais do nosso país. A polêmica em torno do conceito, e de seus benefícios e beneficiários, é um assunto em voga que é expressamente pertinente ao mercado da música eletrônica, e foi esclarecido pelas palavras da redatora. Confira!
Quem são os designers por trás de algumas das principais capas de música eletrônica do Brasil?
Trabalhos que vão além da curadoria musical, e que se completam na expressão visual. Laura Marcon trouxe à tona os belíssimos trabalhos por trás das principais capas de lançamentos de música eletrônica no Brasil, criadas por ilustradores e designers, quais apresentam trabalhos que transbordam qualidade e comprova a relevância da arte visual dentro desse espectro.
A histórica relação entre Santa Catarina e o House Progressivo
Em toda cena musical de relevância, dentre os diversos estilos que ela recebe e produz, algum sempre acaba se associando com maior intensidade, criando laços profundos e em consequência alterando a percepção musical de toda uma geração de clubbers. Em Santa Catarina, não aconteceu diferente. Quando olhamos para trás, é flagrante a ligação com o House Progressivo, e Jon Fachi resgata através da história a curiosa relação que se perdura cada vez mais forte.
O que pode ser feito para viabilizar o debate real sobre redução de danos?
Muito se fala sobre redução de danos, que em tese significa: “um conjunto de medidas dirigidas às pessoas que não conseguem ou não querem parar de usar drogas, e que têm como objetivo reduzir os riscos ou danos causados pelo uso”. Bom, a iniciativa teórica é bastante pertinente, porém como poderemos colocar tais medidas em prática de forma efetiva? Ágatha Prado trouxe algumas sugestões para a viabilização do debate real sobre o assunto.
Quem mudou mais em 30 anos: House ou Techno?
Idas e vindas além de infinitos caminhos cruzados. Será que ambos estilos musicais são tão diferentes nos dias de hoje? Caio Stanccione fez um recap histórico e trouxe à luz as transformações que cada uma das vertentes mergulharam ao longo das últimas décadas, de acordo com as tendências e a evolução de cada movimento.
Estamos prontos para o impacto do Tiktok na indústria musical?
Lá em 2020, quando o TikTok ainda estava dando vistas de seu crescimento meteórico, Manoel Cirilo abriu a reflexão sobre o impacto da rede social na indústria musical. Editorial visionário na época, já que hoje podemos afirmar que a rede vem exercendo um poder fenomenal na expansão da música Pop e até mesmo eletrônica.
A música conecta.